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No mistério do sem-fim
equilibra-se um planeta.
equilibra-se um planeta.
E no planeta um jardim
e no jardim um canteiro
no canteiro uma violeta
e sobre ela o dia
inteiro entre o planeta
e o sem-fim
a asa de uma borboleta.
(Cecília Meireles)
Doce e sutil, a primavera baila os cabelos caracóis que se permitem voar em sua brisa.
O toque gentil do tempo não apagou no olhar o sorriso por pequenezas audíveis à alma. Sombrias eras apenas emolduram o rosto d'alma, embelezando-o em pinturas, aquarelas de cores desbotadas, outonais, magicas.
De quem sopra uníssonos versos, promana a delicadeza dos mesmos tempos de primaveras outrora saboreadas, hoje, lembranças amarelas de uma saudade surda.
Ainda vive, nas bordas do coração, esculpidas e entalhadas, as mesmas lindas memórias. Hoje cansadas, mas vivas. Enternecidas por invernos de espera, aguardando, pacientemente, sua mais colorida primavera.
Essa baila à sua frente. O caminho segue. Está emoldurado nas asas azuis do tempo.
Por Kiro Menezes
3 comentários:
Kiro. Muito obrigada. Beijos!
Eu que agradeço sua visita, querida... Beijinhoss...
(Cecília Meireles), dos tempos em que encontrava poetas pelas ruas
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