Gravida de poemas azuis
ondas marulhentas reclamam - sonantes
Leves beijares mortiços e amantes
deixam teus olhos mortais e senis
Amor cor-de-lama,
lavada,
grudenta.
Lágrima magenta
de alma
lamenta.
Pari este verso,
transcrito,
transverso,
inscrito no sangue da manga do chão.
Guardei o passado na sombra do outono,
passado, passeio, passante no sono.
Levei aguardente, absinto, semente.
Planejei não voltar, estou aqui - novamente!
As estações passam por nós como fossem senhoras da nossa história. Primavera, alegria, sorrisos, sonhares. Paixão. Outono é mornidão, calor, carinhos, delicadezas e sofreguidão. Inverno é frio, espera, carícias do tempo para reflexão de existência. Verão vem e passa, fica o gosto de água de coco na boca, na alma, na verdade das mentes que cantam o viver como fosse uma Bossa Nova!
As estações nos condenam por não termos cores. As cores nos fogem ante a tristeza de estarmos sós! A solidão é risonha, companheira de sempre, toma-nos a taça da mão e embriaga-se de filosofias de botequim. Viver é inesgotável aprendizagem com a própria vida!
2 comentários:
NOSSAAAAAAAAAAA....Isso sim é ser POETISA...menina estou de queixo caido...Seu vocabulario e amplo e rico...fico abismada...Consegues fazer poesia epica, simetrica e ao mesmo tempo, suave, direta e singela...Aplausos para ti querida menina poetisa...Me curvo aos teus pés...Abraços carinhosos!!
Obrigada pelo carinho sempre, Sissinha!!! =)
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