um surto
no lodo
da dor
em que guardo meu pesar
cansado
profano
de horror
Foi num largo marejado
olhar suado
de gorjeios
Bruma em flor
onde navega esse mar
calado
distante
em torpor
Distante do pelejo surdo
escrito
e descrito
com calor
martelando o descansar
como fôra
como fosse
seu valor
Fonte d'água, fonte-mundo
sub e fundo
de invernos
sem calor
verso lívido de amar
outras eras
umas fotos
sem sabor.
Quando se perde uma lágrima cristalina dentro das águas do mar, salgado, imenso, manhoso, esquece-se de quanto maior ela se tornou ali, misturada ao inventor do céu, resplandescente em sua incalculável beleza, em sua vida majestosa, sua riqueza sem tamanho mensurável.
Quando se guarda uma lágrima no peito, não se percebe o seu marejar de olhos, seu suspirar de saudade.
Quero sonhar o sonho dos belos, dos desfavoráveis ao padecer por amor, dos felizes por existência e plenitude da respiração.
Quero voltar poesia dessa caminhada inconstatável de aprendizados.
Um comentário:
Realmente precisamos de muitas histórias.Saudades.Beijos
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